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Ás de Copas como Carta do Dia

Será que hoje você vai encontrar aquela pessoa especial? Que pode começar a amar? Quem sabe não seja hoje o dia que você vai iniciar algo que vai lhe dar "A" realização que você tanto busca?


O Ás é uma carta que nos fala de inícios. E, sendo do naipe de copas, indica pura e simplesmente Amor. Início de um amor. Mas, claro, esta é apenas uma simplificação da vida. Cremos no amor à primeira vista. Na paixão súbita que se faz só com o olhar. Em descobrir o propósito da vida só em conhecer algo que nos move. E pensamos, obviamente, em tudo de bom que vai nos acontecer. No quanto vamos ganhar com esta relação. Mas vejamos mais a fundo isso - lembrando que a verdade sempre está no fundo.


Conta a lenda que esta carta simboliza o Santo Graal, o cálice usado por Jesus na Última Ceia e que foi também enchido do Seu sangue ao ser crucificado. E, como tal, representa o próprio cálice da vida. A oferta que nos é feita ao nascer e que enche o nosso coração. A carta simboliza, pois, o encontro que temos com a nossa missão de vida. O encontro com o que mais amamos e pelo qual nos sacrificamos.


Traduzindo: a carta fala do começo de um amor e da paixão. Mas amor sagrado, aquele que se coloca em sacrifício do outro. Que faz da vida do outro o seu propósito. Opa... veja que o tal do "amor à primeira vista" já ficou menos atraente, não? É esta a taça que pode lhe ser oferecida hoje. Aceite-a e deixe que seu ego morra para começar a entrar na fartura e abundância da vida. Viva este amor e experimente o êxtase do amor e da vida eternas.


Ou afaste de si este cálice e retarde mais um pouco o seu caminho. A escolha é sua.





Cálice / Chico Buarque



Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue


Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue


Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta


Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue


Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa


Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue


De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade


Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue


Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça

2 comentários:

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